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Coordenadoria de Promoção de Igualdade Racial
A Escravidão no Brasil descrita por um Africano
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Um dos primeiros documentos escritos por um Africano no Brasil data de 1748 por Francisco Alves de Souza, ex-escravo ou “homem preto forro” originário do Reino Maki no atual Benin e regente da confraria da Irmandade de Santo Elesbão e Santa Efigênia no Rio de Janeiro, que escreveu acerca da escravidão e da função social das Irmandades negras no Rio de Janeiro e no Brasil:

“Os negros criaram esses grupos ou corporações porque desde o começo desta terra, eles [portugueses] forçadamente trouxeram africanos negros da Costa da Mina e Angola, e alguns dos senhores que compravam os africanos eram desumanos. Quando os negros caiam adoecidos com doenças incuráveis ou envelheciam esses senhores simplesmente os jogavam fora e os deixavam morrer de fome e frio [...] e por essa razão os próprios negros criaram esse grupo, para fazer o bem aos seus irmãos de sangue, e para deixar a comunidade saber que quando alguém dentre eles morrerem, se coletará esmolas para poder enterrá-los e ordenarão missas para suas almas, e aqueles que são pobres podem ser assistidos financeiramente.”

Desde o século XVI as diferentes categorias sociais no Brasil costumavam se organizar e se fazer representar através de certas associações de caráter religioso e filantrópico, cuja forma mais conhecida e que veio a se difundir pelos diferentes pontos das Américas foram as irmandades leigas.

Essas associações de organização local tiveram um papel importante em seu contexto na medida em que defendiam os interesses corporativos de seus membros e muitas delas chegavam a adiantar dinheiro a seus associados cativos para viabilizar sua alforria - além da conhecida preocupação com os rituais funerários.

Comum a todas as irmandades era a vontade de prover o bem-estar social dos irmãos e de suas famílias, cumprindo, assim, uma função social que o aparelho político-administrativo não tem meios de realizar.

As confrarias, portanto, acabaram se colocando como uma espécie de espaço legítimo de sociabilidade para a população negra livre e escrava - e eventualmente até mesmo para não negros

Fonte: Afro-Latino Voices: Narratives from the Early Modern Ibero-Atlantic World, 1550-1812

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