Avanços que deverão repercutir na melhoria no atendimento à comunidade da fronteira oeste na área saúde. Desta forma foi tratado o resultado final das reuniões realizadas nesta quinta-feira (7), em Porto Alegre, na Secretaria Estadual da Saúde, envolvendo representações dos municípios que compõem a 10ª Coordenadoria Regional, além de seus coordenadores, e do Hospital da Santa Casa de Caridade de Uruguaiana.
No início da manhã, em um primeiro encontro, que contou com a participação do prefeito Ronnie Mello; do deputado estadual Frederico Antunes e da gestora administrativa da Santa Casa de Uruguaiana, Thais Aramburu, com a secretária estadual da saúde, Arita Bergmann e sua assessoria, além da equipe técnica do Departamento de Assistência Hospitalar e Ambulatorial (DAHA), foi repassada a informação de que o hospital manterá os atendimentos de alta complexidade de Neurologia/Neurocirurgia e Oncologia. Na média complexidade serão retomados os atendimentos ambulatoriais de especialidades de traumatologia e gastroenterologia, com início das atividades marcado para a próxima semana. Nessas duas especialidades, o Município é referência micro-regional. E na especialidade de neurologia para os municípios da região de saúde.
A segunda parte da reunião contou com a participação apenas dos secretários de Saúde dos municípios com os quais o Hospital da Santa Casa de Uruguaiana é referência.
Nas duas reuniões o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (COSEMS/RS) esteve presente.
Novamente a gestora administrativa do HSCCU, Thaís Aramburu, explanou quais seriam os serviços mantidos na nova contratualização e a Secretaria de Saúde do Estado se comprometeu em definir a referência para a área da cardiologia. A secretária Arita Bergman defendeu o interesse pela conciliação e pela manutenção do atendimento à região.
Sobre a contratualização, todo o processo foi revisado em conjunto entre os técnicos do HSCCU e da SES/RS. Foram solicitados ajustes, que serão enviados novamente para a Santa Casa até a próxima segunda-feira para a validação e posterior encaminhamento das considerações do hospital. “Depois serão dados os trâmites (o processo ainda passa por outras áreas técnicas do Estado) para futura assinatura do contrato”, ressaltou a gestora administrativa da Santa Casa, Thaís Aramburu. Na sua avaliação a reunião foi positiva, pois a SES/RS compreende as dificuldades financeiras enfrentadas pela instituição e que hoje existe um plano de reestruturação. “Então, há toda uma intenção de auxílio para que o processo de reorganização realmente ocorra”, garantiu.
A meta é estar com o novo contrato assinado ainda durante o mês de fevereiro.
Para o prefeito Ronnie Mello, após um prazo de mais de quatro anos de decepções e frustrações com relação à última assinatura da recontratualização, o que vem sendo construído com o Estado na atualidade, além de ser o que pode ser cumprido, é o que pode trazer avanços na saúde através dos serviços prestados pelo hospital. “Do último contrato, pouco se cumpriu ou se conseguiu alcançar de metas e objetivos, portanto agora queremos gerar benefícios para o município e região”, avaliou o Prefeito.
Sobre o setor de Cardiologia, o prefeito Ronnie Mello disse que no momento que se decidiu pela reabertura do serviço se sabia do grande desafio. “E só não estamos atendendo a pleno hoje por questões alheias à nossa vontade. Atualmente não temos como cumprir o contrato a pleno, mas estamos buscando formas para isso”, explicou. “Portanto, é necessária uma cota de sacrifício não só de Uruguaiana, que reativou o serviço de cardiologia, mas de todos os municípios da região”, disse. Conforme o Prefeito, com o convênio celebrado com a Santa Casa, o Município consegue manter nesse setor o atendimento aos pacientes de Uruguaiana do SUS. “Por isso, se houver interesse e se for prioridade para os demais municípios da região, o hospital ofertará as mesmas condições oferecidas à Prefeitura de Uruguaiana”, ponderou.
Foi proposta pela 10ª CRS, a realização de uma reunião em Alegrete com os Prefeitos da região para explicar a situação e saber se os municípios poderão aportar valores para que isso venha a acontecer.