Em alguns momentos da vida, o que uma criança mais precisa é de um lar. Não de um prédio, não de uma instituição, mas de uma casa com cheiro de café, barulho de risadas e a calma de um colo disponível.
O Serviço Família Acolhedora, mantido pela Prefeitura de Uruguaiana através da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), é uma das formas mais sensíveis de acolhimento temporário para crianças e adolescentes afastados de seus responsáveis por medida protetiva. É um ato de amor que oferece afeto, cuidado e segurança enquanto a Justiça avalia o retorno à família de origem ou, em alguns casos, a adoção.
Ao contrário do acolhimento institucional, o Serviço Família Acolhedora garante um olhar mais atento, individualizado. O tempo máximo de acolhimento é de até 18 meses, com acompanhamento contínuo de uma equipe técnica formada por psicólogos e assistentes sociais. As famílias recebem apoio emocional, orientação e auxílio financeiro para as despesas básicas da criança ou adolescente acolhido.
“Está comprovado: uma criança acolhida com amor e individualidade se desenvolve melhor em todos os sentidos – emocional, motor, cognitivo e na linguagem. E isso muda o futuro dela”, destaca a secretária de Desenvolvimento Social, Joana Grecco.
Ser uma Família Acolhedora não é o mesmo que adotar. O lar é provisório, mas a marca de carinho que se deixa é permanente.
“Se você tem espaço no coração e na casa para acolher alguém por um tempo, venha conhecer esse serviço. Talvez você não mude o mundo, mas com certeza vai mudar o mundo de alguém”, reforça o prefeito Carlos Delgado.
Relato real de uma Família Acolhedora
A Ana Guterres é uma das pessoas que já participaram do Serviço Família Acolhedora. Junto com o marido, acolheu uma criança desde os primeiros dias de vida, após o resgate realizado pela equipe técnica. Para ela, a experiência foi única e repleta de aprendizados, não só para ela, mas para toda a sua família. Ana afirma que contribuir para melhorar a vida de alguém, ainda que por alguns meses, é algo profundamente gratificante e transformador.
“Acolher uma criança me transformou num ser humano melhor. Ter uma criança dentro de casa e saber que, de alguma forma, eu fiz a diferença na vida dela, podendo auxiliar em um momento tão delicado, é emocionante”, contou Ana Guterres.
Como se tornar uma Família Acolhedora?
Para participar, é necessário ter mais de 21 anos, residir em Uruguaiana há pelo menos um ano, não estar inscrito no Cadastro Nacional de Adoção e apresentar parecer psicossocial favorável emitido pela equipe técnica do serviço. A capacitação é obrigatória e acontece antes do acolhimento, preparando a família para essa missão especial.
Documentos exigidos:
• Cópia do RG de todos os membros da família;
• Certidão de nascimento ou casamento;
• Comprovante de residência;
• Certidão negativa de antecedentes criminais (estadual e da Polícia Civil);
• Comprovante de atividade remunerada;
• Uma foto 3x4 do titular.
As inscrições são feitas na Rua Dr. Maia, nº 3112, anexo à Secretaria de Desenvolvimento Social, de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h.
Autor: Evelyn Gomes - Secom/PMU