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12
12 NOV 2025
JOÃO CHAGAS LEITE: A CAMINHADA DO URUGUAIANENSE QUE RESPIRAVA MÚSICA
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O amanhecer do dia 11 de novembro de 2025 foi com tristeza e melancolia em razão do falecimento do uruguaianense João Chagas Leite, aos 80 anos, em Erechim. Um filho da Terra, que, ao longo de décadas levou com orgulho a história e a cultura gaúcha por meio da música. Além disso, enalteceu o nome de Uruguaiana a cada lugar visitado.

Nascido em 22 de agosto de 1945, veio de família humilde que residia no bairro São João. O pai era guarda do Mercado Público da cidade, já a mãe era dona de casa. João era o mais velho dentre sete irmãos – cinco homens e duas mulheres. Primeiramente, foi aluno da Escola Ernesto Dornelles, após estudou no Colégio Metodista União. Desde cedo, o interesse pela música era uma característica do jovem João. Porém, alguns desafios tiveram de ser superados durante a trajetória.

Ao visitar com frequência os ensaios de um conjunto musical que ficava próximo à sua casa, João demonstrou gosto por tocar violão. O fato do amigo Valdir Santana ter ganhado um também fomentou a curiosidade. Entretanto, ele tinha uma deficiência física na mão esquerda que limitava certos movimentos. Isso foi um empecilho? De forma alguma.

Com a ajuda de conhecidos, o grupo fez uma inversão no instrumento e com o uso do dedal João começou a aprender a dominar o violão. Segundo amigos, isso não representava apenas o esforço dele, mas também o fato de que ali havia alguém com um dom para a música.

Ainda jovem, fez parte do grupo Os Mugs, de 1967 até 1974. O conjunto tocava diversos gêneros musicais da época. No período, ele teve a oportunidade de viajar para lugares como a Argentina, Uruguai, Santa Catarina e Paraná. Uma caminhada que ainda cruzaria a história da Califórnia da Canção Nativa, principal festival da música nativista gaúcha, em Uruguaiana.

Em 1972, em uma visita à Praça Barão do Rio Branco com amigos, avistaram uma faixa da Califórnia da Canção Nativa em frente ao cinema – atualmente Teatro Rosalina Pandolfo Lisboa. Sempre com uma gaita, resolveram entrar no espaço para acompanhar os ensaios. Naquele momento, conheceram figuras importantes da música gaúcha, como Leopoldo Rassier. Assim foi iniciada uma relação de muitos anos com a Califórnia.

Mas não foi apenas na Califórnia que ele protagonizou apresentações memoráveis e interpretou algumas das suas mais de 300 composições ao longo da carreira. João também tem uma trajetória marcante na Tertúlia Musical Nativista. Lá, realizou feitos como as duas vitórias consecutivas na 3ª e 4ª Tertúlia, com as canções “Penas” e “Pampa e Querência”, respectivamente. Além disso, desbravou o país ao vencer um festival musical realizado na Central do Brasil, no Rio de Janeiro, em 1979.

E como não lembrar de “Por Quem Cantam os Cardeais”, uma das mais tradicionais canções para os uruguaianense? Afinal, “quem segue o rastro do sol, sempre chega a Uruguaiana”. Ou, lembrar também de “Desassossegos”, “Ave Sonora”, “Partida”, e tantas outras.

O fato é que João Chagas Leite vai deixar muitas saudades. Um perfil de bom trato, com um carisma enorme, querido por todos. Alguém que respirava a música e a vivia com a plenitude das emoções. Um artista que a todo momento enaltecia o pampa, sua cidade natal e suas raízes. Uma pessoa que se abraçava na fé e que não se afastou da música nem em seus momentos mais difíceis.
Ficam os nossos agradecimentos a este conterrâneo por toda a trajetória, talento e memórias proporcionadas. Uma obra marcante que sempre vai ser lembrada, reconhecida e celebrada por todos.
Autor: Secom/PMU
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